quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Viagem

Não sei bem como começar. Dialogar com palavras próprias é um diálogo, ou um monólogo?
Bem, para uma bipolar, é mesmo um diálogo. Mas não quero que isto pareça uma D.R.!

Se eu sei tudo o que eu sinto, então talvez possa parecer que não haja sentido em escrever, mas não escreve-se para que faça sentido, escreve-se porque é preciso.

Fazendo uso das palavras de Fernando Pessoa:  "Navegar é preciso, viver não é preciso." Concordo.
 E navegar em um mar de palavras traz ainda a vantagem de não causar enjoos.

Há não ser, é claro, que o texto seja mesmo enjoativo, capaz de deixar o leitor nauseado, mas aí é o caso de abandonar o navio no primeiro porto. Ou ponto.
Já viver, apesar de precioso, não é preciso. Em nenhum dos dois sentidos imediatos.
Primeiramente, vive-se porque a vida nos é dada e, sabe como é: "de graça até injeção na testa", é o que dizem por aí. A vida chega até nós como um spam: clique e receba inteiramente grátis, sem taxa de entrega.

 Só depois descobrimos as entrelinhas. E como há entrelinhas!  Entendê-las é,sem dúvida, trabalho para uma vida inteira!

Segundo, porque a vida é um cálculo impreciso, incerto, indecifrado. E, na minha humilde opinião, indecifrável. Até por que, aí reside a graça da brincadeira.

Que graça teria se já conhecêssemos o fim da história? Ah, tá bom, conhecemos parte dele: no fim o mocinho/a morre. Mas isto é tudo o que nos é dado saber. E, no fim, é o mais importante.
Serve para dar-nos consciência do quanto é fundamental que aproveitemos a viagem.

Por isto viajo, me and myself. Na maionese, nas palavras, nas ondas do momento, antes que Leo Henrique chegue tentando me convencer de que o passado não existe, o futuro não existe e o momento não resiste. Quer saber, querido? Desiste!

Mesmo sem saber nadar, me jogo em mares de palavras, com fortes correntes de ideias e cardumes inteiros de crenças.

Sim, eu creio em "mins mesmas". Se bato palmas para que a Fada Sininho não morra, por que cultivaria dúvidas de qualquer raça ou credo? Cruzes! Eu hein...

Prefiro cultivar duendes. Vá que haja mesmo o pote de ouro?
Agora, por favor, meus aplausos...me sinto um tanto enfraquecida...parece até que vocês não acharam meu texto crível...

Viram, não é incrível a dúvida?

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