Você diz que
estar no centro
é o certo
mas não consigo
ser eu mesma,
assim.
Subo e desço
neste esboço
que só me leva
ao fundo
do poço.
A sobriedade
me cansa.
Me despe da criança
que dança descalça.
Me exige paciência
e confiança
numa ciência
que não me alcança.
Então eu cerro as pálpebras
e sinto a música:
te convenço pela pose
de pernas trançadas,
enquanto, dissimulada,
minha alma salseia
salão afora.
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