
Não foi amor á primeira vista, mas foi em poucas parcelas. Na primeira, a admiração. Na segunda, o abraço. Na terceira, o beijo. E então já não havia fuga. Nem desejo de fugir. A manhãs monocromáticas recheadas de diálogos bipolares e surreais, que culminavam na falta de vontade de deixar a cama; as pouco mais de trinta noites, que se transformavam em mil e uma posições do Kama Sutra; as históricas tardes de sábado; a súbita lacuna de ausências.
Num piscar de olhos, as dúvidas e incertezas ameaçavam entrar em extinção, enquanto as meias brancas no varal e os livros na estante se reproduziam vertiginosamente, re-povoando o apartamento.
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