Você, meliante cruel e impiedoso, sequestrou o meu sorriso e sequer pediu resgate.
Fê-lo pelo prazer da malfeitura. Calou desde o princípio. Nunca pediu resgate.
Deleitou-se sadicamente em deixar o amargo que me queima a boca que um dia adoçaste de beijos.
Desrespeitando a mais valiosa lei da natureza, abateu a caça por motivo vil.
Não fora ameaçado; não alimentou-se dela.
Abandonou o corpo intacto, suficientemente enfraquecido para não fugir, mas sem a honra de uma morte digna.
Deixada à mercê da sede dos seus beijos;
Da fome dos seus carinhos;
Da tristeza, ave de rapina que arranca os olhos, mas não as imagens marcadas na retina,olho o céu...e tudo o que bebo é abandono.
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