Os gritos presos no peito se expandem e quase me sufocam. As palavras escorrem numa corrente contínua, que se perde em fugas de tensão.
Sem teu toque para lavrá-la e semear as sensações, minha pele está ficando árida. Me assusta a ideia de que possa ficar estéril com a ausência prolongada de tuas mãos.
Minha boca, que recebia a tua como a noite que se abre para receber o sol da manhã, jaz na escuridão.
Teu cheiro esfria em mim, enquanto varro, faminta, tua pele adormecida em busca de qualquer migalha de satisfação.
Nossos corpos parecem reter cargas iguais, a se repelirem mutuamente.
Em mim, o "Por quê?";
Na tua boca o"Talvez";
No teu gesto o "Não";
Por quê???????????????
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