quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Verdade
Um dia você descobre que amar nem é tão difícil assim. Nem tão complicado. Nem tão restritivo. Mas indispensável. E apaixonar-se está incluído.E permitido. E necessário. Diria melhor: indispensável! Então permita-se. Permita-se amar a si mesmo, aos amigos de verdade, família de verdade...e permita-se amar um outro(a) de verdade, escolhido(a). Sem medo, culpa ou remorso. E se esse um for 2, melhor ainda. Amar é bom, cura e só traz bem. Só não se perca do significado de amar. Segundo a vasta sabedoria de um amigo muito amado, amar é querer a felicidade de alguém o suficiente pra abrir mão de um pouco de si, sem se perder. Amar é um soma de ganhos. Ganha quem ama e quem é amado...de verdade.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Perfeição
Oi. Dois dias depois, a resposta, não mais prolixa: oi. Algumas conferidas periódicas no perfil para checar detalhes que eram esquecidos: solteiro, divorciada, filhos? gosto musical. Apenas o essencial. E o tempo escorria por entre as mensagens no site de relacionamentos. Sem muitas outras opções, foram se contactando, se encontrando, se revelando.
Como somatório de mensagens, resultou a empatia. De repente era importante saber se o outro estava feliz, se tinha levado um fora...vinha vez por outra a vontade de consolar.
Um certo dia, despiram as máscaras. Depois foi a vez da hipocrisia, que ficou jogada no chão do apartamento dele e ao lado do colchão dela. E assim seguiram, despindo-se aos poucos diante da tela. E sentiram-se confortáveis com a nudez. E com a companhia um do outro.
Ela vinha do trabalho pensando mecanicamente na sequencia de ações ao chegar: ligar o computador, tomar banho, ajeitar o cabelo...daria tempo para ele chamar.Parecia estar permanentemente online. Então era aceitar a chamada com vídeo e contar como havia sido o dia e perguntar sobre o dele. Sutilezas banais e doces.
Quando terminavam de contar os detalhes, era hora de cada um trabalhar no seu computador, o outro ali no cantinho da tela, cúmplice. Um nu para o outro. Sem moralismos, julgamentos ou quaisquer outros defeitos.
Discutiam a humanidade, e como ela caminha; a bondade, e como ela míngua; os sentimentos, e como lidar com eles. Não havia mais como chamar isto de virtual. Virtual era o caos lá fora.
Eles encontraram seu lugar além do arco-íris, na Terra do Nunca, onde nunca havia solidão, só carinho e aconchego, numa janela para outro mundo, sem panos ou tapetes, onde esconder a sujeira.
Como somatório de mensagens, resultou a empatia. De repente era importante saber se o outro estava feliz, se tinha levado um fora...vinha vez por outra a vontade de consolar.
Um certo dia, despiram as máscaras. Depois foi a vez da hipocrisia, que ficou jogada no chão do apartamento dele e ao lado do colchão dela. E assim seguiram, despindo-se aos poucos diante da tela. E sentiram-se confortáveis com a nudez. E com a companhia um do outro.
Ela vinha do trabalho pensando mecanicamente na sequencia de ações ao chegar: ligar o computador, tomar banho, ajeitar o cabelo...daria tempo para ele chamar.Parecia estar permanentemente online. Então era aceitar a chamada com vídeo e contar como havia sido o dia e perguntar sobre o dele. Sutilezas banais e doces.
Quando terminavam de contar os detalhes, era hora de cada um trabalhar no seu computador, o outro ali no cantinho da tela, cúmplice. Um nu para o outro. Sem moralismos, julgamentos ou quaisquer outros defeitos.
Discutiam a humanidade, e como ela caminha; a bondade, e como ela míngua; os sentimentos, e como lidar com eles. Não havia mais como chamar isto de virtual. Virtual era o caos lá fora.
Eles encontraram seu lugar além do arco-íris, na Terra do Nunca, onde nunca havia solidão, só carinho e aconchego, numa janela para outro mundo, sem panos ou tapetes, onde esconder a sujeira.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Asas
Ele entrou com seu sorriso de menino, e despiu as asas, cuidadosamente penduradas no cabideiro, já doado por falta de espaço, aguardando apenas ser retirado. Parei e dois pensamentos me ocorreram: onde ele penduraria as asas depois que o Isi levasse o cabideiro e, mais interessante, como eu nunca as havia notado , depois de ter despido-lhe a camisa tantas vezes. Pensei então em quantos outros detalhes poderiam porventura terem escapado...
Eu vinha de uma decepção há 15 minutos, outra ha 15 meses e uma terceira há aproximadamente 15 anos...cansada de decepções...porém, capricorniana teimosa, já comprovara na prática que a desistência é um substantivo que brincou de esconder no meu dicionário e nunca mais o encontrei.
Tentei desistir das pessoas, mas elas me encantam...da vida, mas ela não me larga, da poesia, mas ela pulsa incessantemente em minhas veias.
Então eu sigo, por vezes trôpega, outras correndo, mas sigo sempre. Não por coragem ou resiliência, mas por não conhecer outro caminho que não seja : em frente, em direção aos anjos que vez por outra aparecem e me conduzem pela mão ou mesmo no colo, quando o corpo não não sustenta o peso do espírito. não espere que o texto tenha um fim, por que eu não tenho ideia de como ele seguirá nos próximos 30 minutos. Use sua criatividade e abuse da licença poética. faça desta história sua, mude, acrescente, fantasie...eu, pobre poeta, só sei relatar fatos.
(by Tati Reis)
Eu vinha de uma decepção há 15 minutos, outra ha 15 meses e uma terceira há aproximadamente 15 anos...cansada de decepções...porém, capricorniana teimosa, já comprovara na prática que a desistência é um substantivo que brincou de esconder no meu dicionário e nunca mais o encontrei.
Tentei desistir das pessoas, mas elas me encantam...da vida, mas ela não me larga, da poesia, mas ela pulsa incessantemente em minhas veias.
Então eu sigo, por vezes trôpega, outras correndo, mas sigo sempre. Não por coragem ou resiliência, mas por não conhecer outro caminho que não seja : em frente, em direção aos anjos que vez por outra aparecem e me conduzem pela mão ou mesmo no colo, quando o corpo não não sustenta o peso do espírito. não espere que o texto tenha um fim, por que eu não tenho ideia de como ele seguirá nos próximos 30 minutos. Use sua criatividade e abuse da licença poética. faça desta história sua, mude, acrescente, fantasie...eu, pobre poeta, só sei relatar fatos.
(by Tati Reis)
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
O essencial
Quando me abraças, o relógio pára
o coração bombeia mais sangue
a pele arrepia
o corpo treme
o discurso se torna obsoleto
tudo o mais é ternura
é bondade
é desejo
felicidade
generosidade...o resto...
aos ratos...
Autobiográfico
Sou poesia
Sou tédio
Sou amor imenso
Sem remédio
Não sou raiva
Nem rancor...
Sou inteiramente amor.
Se sou boa
Ou ruim
Não importa
Tanto assim
Bem no fundo
Tanto faz
Sua opinião
De mim.
Sou tédio
Sou amor imenso
Sem remédio
Não sou raiva
Nem rancor...
Sou inteiramente amor.
Se sou boa
Ou ruim
Não importa
Tanto assim
Bem no fundo
Tanto faz
Sua opinião
De mim.
O QUE VALE
E passado visita no meio da tarde.
infantilmente teimoso, recusa-se a ser passado
já engomado e dobrado
cuidadosamente guaadardado na gaveta
das lembranças mais preciosas
embrulhado em celofane azul, ao lado do vestido
do casamento já desfeito,
a paixão não se desfez...
transformou-se em amizade.
amizade cuidadosa
amorosa
indispensável
sem vestidos
casamentos
representações sociais hipócritas...
só a mais pura amizade.
infantilmente teimoso, recusa-se a ser passado
já engomado e dobrado
cuidadosamente guaadardado na gaveta
das lembranças mais preciosas
embrulhado em celofane azul, ao lado do vestido
do casamento já desfeito,
a paixão não se desfez...
transformou-se em amizade.
amizade cuidadosa
amorosa
indispensável
sem vestidos
casamentos
representações sociais hipócritas...
só a mais pura amizade.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Satisfação
Teu olhar fala suave,
me envolvendo aos poucos
obedeço aos teus comandos
e ofereço meus lábios
meu corpo
meus pensamentos..
tuas mãos me guiam
e me fazem dançar
teu rítmo...
eu vou
onde me levares
e volto
impreterivelmente satisfeita.
me envolvendo aos poucos
obedeço aos teus comandos
e ofereço meus lábios
meu corpo
meus pensamentos..
tuas mãos me guiam
e me fazem dançar
teu rítmo...
eu vou
onde me levares
e volto
impreterivelmente satisfeita.
Tradução
O olhar que velou meu repouso
carinhosamente preocupado
o braço pousado sobre meu corpo
o beijo que me acordou
a mão que me acariciou
a voz que me encantou
ao dizer "Bom dia"
.....você!
carinhosamente preocupado
o braço pousado sobre meu corpo
o beijo que me acordou
a mão que me acariciou
a voz que me encantou
ao dizer "Bom dia"
.....você!
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